No dia 24 de agosto de 1942, o Rio de Janeiro assistiu à première mundial de Alô Amigos, animação onde o papagaio José Carioca fez sua estréia.Pouco depois, em 11 de outubro, Zé estrearia uma série ininterrupta de 104 páginas dominicais de jornal. Roteirizada por Hubie Karp, a obra marcaria a estreia de Paul Murry nos quadrinhos Disney. O artista, que depois se consagraria como o responsável pela popularização do Mickey detetive, nos anos 1960, dividiu aqui os pincéis com Bob Grant.Em dezembro de 1942, a revista WALT DISNEY'S COMICS AND STORIES traria a primeira HQ do papagaio num gibi. The Carnival King, de Carl Buettner, foi publicada por aqui mais de uma vez (a última, em SELEÇÃO DISNEY #33, em 1991). Essa obra encontra-se digitalizada, já que a Itália a republicou em 2005.Em janeiro de 1943, a revista americana Good Housekeeping promoveu a estreia oficial de Alô Amigos com uma página em quadrinhos. Nela, Zé Carioca leva Donald para visitar o Pão de Açúcar, mas ele só tem dinheiro para o ingresso de ida! Esse material permanece inédito no Brasil. E é mais uma das raridades que podem ser vistas em MICKEY AND THE GANG.Muito tempo depois, em set/44, viria a segunda história em quadrinhos do personagem para publicação em gibi. De Chase Craig e Dick Moores, a HQ de dez páginas só sairia no Brasil uma vez, em O PATO DONALD #27 (1952).Você Já Foi à Bahia? foi a segunda incursão de Zé Carioca nos cinemas. Produzido em esquema semelhante ao de Alô Amigos, e com a mesma finalidade diplomática e estratégica.
A animação ganhou duas versões para os gibis. A primeira delas, no entanto, não se tratava de quadrinização do filme. Produzida por Craig e Buettner, saiu por aqui pela última vez no especial ZÉ CARIOCA 60 ANOS(2003).
A segunda versão, de Walt Kelly, recontava a animação em 48 páginas. Foi publicada duas vezes no Brasil, mas nunca na íntegra. Essa obra encontra-se digitalizada, pelo menos, na Itália.
O argentino Luis Destuet produziu e publicou em seu país, em 1951, a HQ seguinte do Zé — a primeira feita fora do solo americano. Nomeada Donald Fazendeiro ou Zé Carioca na Amazônia, a obra tinha 28 páginas e acabou saindo no Brasil em duas oportunidades, na primeira metade dos anos 1950.Na época, o artista já era o responsável pelas formidáveis capas de O PATO DONALD que saíam no Brasil, incluindo a célebre #1, de jul/50.E foi ele, justamente, que acabou produzindo a primeira HQ Disney brasileira, A Volta de Zé Carioca. Publicada em jan/55 em O PATO DONALD #165, a obra nunca mais viu a luz do dia. Tal gibi, portanto, constitui raridade extrema para os colecionadores de HQs Disney.
O brasileiro Jorge Kato faria as duas HQs subsequentes do papagaio. Kato, que acabara de ser imortalizado na galeria dos Mestres Disney ao produzir a primeira HQ Disney por um brasileiro, Papai Noel por Acaso (PD#424, dez/59), retomaria o personagem numa história, curiosamente, como mesmo título da anterior, de Destuet. Mas essa segunda A Volta de Zé Carioca (mar/60), já seria mais acessível: os leitores puderam conferi-la novamente em 2010, por exemplo.Por fim, Zé surgiria numa última história antes da estreia de seu título próprio (ou mais ou menos próprio, como já abordamos aqui diversas vezes). Você Já Foi a Brasília?, de O PATO DONALD #435 (mar/60), jamais seria reeditada. A partir daí, Kato produziu não só as capas e HQs das primeiras edições de O PATO DONALD APRESENTA ZÉ CARIOCA (que começou em O PATO DONALD #479, jan/61, e depois foi formalizada pela Editora Abril como ZÉ CARIOCA #1), como adaptou diversas HQs americanas, substituindo nelas Donald ou Mickey pelo Zé, a fim de suprir a demanda de HQs por aqui. Uma forma ligeira, digamos, de apressar a produção.
FONTE: Planeta Gibi
FONTE: Planeta Gibi
PARABÉNS PELOS 70 ANOS DO ZÉ CARIOCA!!!!!!
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